Magia Rubro Negra


FUTEBOL E MULHER NÃO TEM EXPLICAÇÃO by @fabiojustino
14/01/2011, 18:00
Filed under: Colunas

Paula Reis é uma daquelas gratas surpresas que só a vida, o destino e o Flamengo são capazes de nos proporcionar. Enquanto o Time MAGIA RUBRO NEGRA batia um papo agradável – sobre o Flamengo – na Cobal da Gávea, na mesa ao lado um outro grupo defendia o mesmo tema. Bastaram alguns minutos e todas as mesas tornaram-se “apenas uma”. Só o Flamengo faz isso.

Flamengo vai, Flamengo vem e descobrimos… Paula Reis é Assessora de Comunicação e escreve crônicas fantásticas sobre o MENGO. Não foi transmissão de pensamentos, foi amor ao MAIS QUERIDO exalando em todos os poros. Antes de concluir o convite, chegou o SIM.

Se é para o bem de todos e felicidade geral da NAÇÃO, digo ao povo RUBRO NEGRO que… a partir de hoje as crônicas de Paula Reis serão frequentes aqui no MAGIA RUBRO NEGRA – O espaço completamente dedicado a NAÇÃO.

“Conheci o futebol, de fato, no Campeonato Carioca de 1982. Precisamente na final entre o Vasco e o Flamengo. Me recordo, como se fosse ontem, daquele dia em que meu avô ficou com a incumbência de tomar conta da netinha, de apenas sete anos de idade. Eu mesma. Pura implicância de minha avó, que odiava futebol e tudo relacionado ao esporte.

Coitado! Justo no dia do “Vascão” de vovô entrar em campo tinha que cuidar de criança. E uma menina? E numa final? E contra o Flamengo? Que vingança da minha avó!
Ele, vencido por ela, tratou de espalhar lápis de cor e papel pelo chão da sala e me disse com carinho:

– Querida, brinca quietinha que preciso prestar atenção no Vasco. E olha, depois do jogo, caso se comporte, levo você para tomar um sorvete no “Alex” e compro o brinquedo que quiser, combinado?

O “Alex” era uma sorveteria em Ipanema que eu amava. Nem sei se ainda existe. Suborno familiar concluído. Tudo pronto para começar a partida. Lembro de vê-lo montar uma mesinha com cerveja gelada, alguns petiscos, sentar no sofá e durante noventa minutos chutar o ar sem parar, com o rádio colado no ouvido e os olhos pregados na TV. E como gritava!

“Imbecil, coloca o pé na forma. Vocês são todos uns F….da P……, até minha neta que é uma menina faria este gol”.

Este último desabafo me ensinou muito sobre preconceito. Infelizmente, para a tristeza de vovô, não me tornei uma Cruzmaltina. Mesmo com o título conquistado pelo time de São Januário naquele ano, não me tornei uma vascaína. Desculpe vovô! Mas coração é terra que ninguém pisa. Principalmente se for de mulher. E quem manda neste território, não é mesmo? A gente não escolhe por quem se apaixona. Simplesmente acontece. E eu não me encantei pelo Vasco, apesar de todo o cenário, empolgação e emoção que jorravam pelas entranhas de vovô e contaminavam o ambiente.

Mas muito obrigado vovô! Por sua causa me apaixonei pelo futebol  e pela Nação Rubro Negra.  A vibrante torcida Rubro Negra, o time em campo, tudo me enfeitiçou de forma definitiva aquele dia, mesmo sem a vitória do campeonato.  Vá entender……coisa de mulher e futebol…….não tem mesmo explicação”

Paula nasceu no Rio de Janeiro, tem 35 anos, é mãe de quatro filhos, flamenguista e mangueirense. Formou-se em Marketing pela UniverCidade, faz pós graduação em Jornalismo Esportivo, Negócios do Esporte (na Facha) e trabalha como Assessora de Comunicação.

MAGIA NELES!
EQUIPE Magia Rubro Negra
paixao@magiarubronegra.com.br
TWITTER: @magiarubronegra


2 Comentários so far
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Paula, que opções inteligentes e acertadas ! Pelo Flamengo, no seu caso pessoal, basta fazer as contas de 82 para cá. Essa foi muito simples, apenas ouvindo a voz do coração e mantendo a natureza de todo ser humano quando nasce. Pelo Magia, opção mais particular e não menos brilhante, redundamente, é mágica. Bem-vinda.

Comentário por Alexandre Fernandes

Paula parabens pelo texto é bom saber que a paixão pelo Flamengo passa de pai pra filho o Flamengo e algo fantastico nosso clube é maravilhoso eu falo que ser torcedor do Flamengo é ser mais feliz felicidade e SRN

Comentário por Emerson Maia




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