Magia Rubro Negra


Júbilo – Por Fabrício Mohaupt by fabriciomohaupt
31/05/2009, 23:48
Filed under: Colunas

Adriano100%O Maracanã estava em festa hoje. Festa em preto e vermelho com setenta e duas mil pessoas. A torcida deu um show em homenagem ao retorno do Adriano, com detalhes lindos, em especial as bolas que carregaram uma faixa com o rosto do homenageado. Meu filho disse que as bolas brancas pareciam nuvens carregando o pano vermelho com o rosto do Imperador.

Nem parecia jogo do Brasileirão. Parecia um amistoso comemorativo, visto que até o adversário tinha as cores da festa. Mas foi um embate do campeonato nacional e, além da festa, garantimos mais três pontinhos para a disputa do certame, o que nos levou à sexta posição.

Adriano veio para jogar trinta, talvez quarenta e cinco minutos, mas jogou mais de noventa. Aliás, participou até o fim; não foi mero espectador. Foi uma volta para lá de promissora e que anuncia muitas alegrias à nossa imensa Nação. O primeiro gol foi contra, mas saiu porque ele estava lá, pronto para fazer. O segundo foi de cabeça, coisa que ele quase fez no primeiro tempo.

Não esperava tudo o que vi em campo porque estava há tempo sem jogar e ele mesmo disse que ainda falta muito para recuperar a forma. Só posso dizer que, se ele não está cem por cento fisicamente, imagina quando estiver. A verdade é que a esperança de termos um ataque mais efetivo cresceu hoje. Isso, por si só, já traz conforto aos nossos corações rubro-negros. Adriano retornou e trouxe com ele a alegria e a promessa de tempos melhores.

O time parecia outro em campo, não sei se pela satisfação de jogar com o Imperador ou se por simplesmente jogar com ele, uma real referência no ataque. Ainda é cedo para avaliar, mas que a postura foi outra, isso não resta dúvida. Houve vacilos, é claro, mas nada realmente perigoso. Nem o pênalti foi de fato pênalti. O Atlético Paranaense também não vive seus melhores momentos, o que torna difícil uma avaliação mais precisa.

Uma pergunta que não me sai da cabeça é: o lateral-direito do Mengão é o Léo Moura ou o Willians? Este corre de um lado para o outro, defende e faz jogadas de linha de fundo, enquanto aquele parece que não consegue mais correr. Tirando o cruzamento para o segundo gol, ele não fez mais coisa alguma. O pior é não entender como o Léo caiu tanto de produção, uma vez que talento e técnica sempre teve.

Sei que tem gente que me perguntará: e o Obina? Viu o gol que ele fez? Viu que ele saiu de campo aplaudido? Vi, sim! Continuo dizendo que não o acho um bom jogador, mas desejo toda a sorte do mundo para ele, afinal, ainda é do Flamengo. Creio, também, que o seu gol só prova que no Fla não dava mais e que ele precisava de uma mudança de ares, não que ele é, verdadeiramente, um artilheiro. Vejamos como se sai ao longo do campeonato. Tomara que bem, porque isso só o valoriza.

O que me preocupa em relação ao Obina é o fato de ele ser poupado porque não está com um bom condicionamento físico. Ora, o cara não estava jogando direto, não fez pré-temporada e treinava com o resto do nosso elenco? Como pode estar longe da sua melhor forma? Isto é o que me preocupa e assusta. Há erros na preparação de nossos jogadores?

Este foi um domingo feliz. Oxalá tenhamos muitos mais. Que o menino soltador de pipa e que sentia tanta saudade de casa reencontre todo seu prazer e, junto com a Nação, alcance o júbilo que todos merecemos.

Magia neles!!!

PS: Agradeço ao amigo André Costa pela arte que valoriza o meu texto. Quer ver melhor? Clique aqui.